Auditores-Fiscais ativos e aposentados participaram de Ato Público na manhã dessa terça-feira, 25 de fevereiro, em frente ao prédio da Superintendência da 6ª Região Fiscal, em Belo Horizonte.
O ato público foi uma iniciativa do Comando Nacional de Mobilização (CNM) em razão de a categoria ter completado 90 dias em greve por tempo indeterminado, e ainda não ter uma resposta definitiva do Governo quanto aos seus pleitos constantes da pauta reivindicatória, em especial o reajuste do vencimento básico. Ainda como forma de protesto, os Auditores-Fiscais levaram para o ato a réplica de um bolo de aniversário com os dizeres “90 dias de descaso!”.
A coordenadora do Comando Regional de Mobilização na 6º Região Fiscal, Carolina Mendes de Toledo, participou do ato em BH e falou da importância de os Auditores-Fiscais permanecerem firmes na greve até terem os seus pleitos atendidos. “A nossa pauta vai além da remuneração, diz respeito à dignidade e à valorização do nosso cargo. Nós não podemos arrefecer agora, precisamos lutar até o fim. Se o Governo quer que a Receita Federal volte a funcionar normalmente, com todo o potencial que temos, ele precisa nos atender”, afirmou.
Sérgio Aurélio Veloso Diniz, integrante do Comando Local de Mobilização fez uma breve retrospectiva sobre o histórico de lutas da categoria e sobre as razões que levaram os Auditores-Fiscais a deflagrarem a greve em novembro de 2024.
Segundo ele, a greve é desgastante e já custou ao sindicato em torno de R$ 40 milhões, recurso dos filiados que contribuíram para o fundo de corte de ponto. Isso demonstra a capacidade de mobilização da categoria que é uma das únicas a ter recursos financeiros para cobrir despesas com greve. Ele defendeu a unidade na categoria como única forma dos Auditores-Fiscais atingirem os seus objetivos.
O presidente da DS BH, Alfredo Menezes, destacou a luta pelo reajuste do vencimento básico como a pauta que unifica a categoria dos Auditores-Fiscais, pois atende os interesses de ativos e aposentados. Ressaltou que se trata de uma luta complexa, pois o último acordo de reajuste salarial dos Auditores-Fiscais foi em 2016. Desde então, com exceção dos 9% concedidos a todo o funcionalismo púbico federal, não houve nenhum reajuste no vencimento básico da categoria, que vem acumulando uma série de perdas inflacionárias. Atualmente, a reivindicação dos Auditores-fiscais em termos salariais é a reposição das perdas inflacionárias no percentual de 29% (38% do total das perdas menos 9% de reajuste concedido em 2023).
O diretor de Assuntos Jurídicos da DS BH e secretário-geral da Diretoria executiva Nacional (DEN), Luiz Sérgio Fonseca Soares, falou sobre a esperança de surgir alguma novidade a qualquer momento em relação à reivindicação da categoria. “O momento é de muita esperança. Pois se nós não conseguirmos, não será o Sindifisco o derrotado nesse momento, nem seremos nós os Auditores-Fiscais, mas será a própria Receita Federal, que ficará para segundo ou terceiro escalão do Governo”, pontuou.
De acordo com o diretor, a atual mobilização tem um diferencial muito positivo que é o apoio dos Administradores da Receita Federal. Na última Reunião de Análise Estratégica (RAE) os Superintendentes passaram ao Secretário Especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, que a pauta da categoria é única, todos lutam pelo reajuste do vencimento básico.
O Auditor-Fiscal,
Após os pronunciamentos, os participantes do Ato Público foram recebidos pelo superintendente da Receita Federal na 6ª Região Fiscal, Mario Dehon Santiago, que após ouvir as reivindicações dos Auditores-Fiscais se comprometeu a leva-las aos seus superiores. Estiveram presentes também o superintendente-adjunto, Rodrigo Brito Mendonça, e o delegado da DRF-BHE, Flávio Antônio Souza Abreu.
O presidente da Delegacia Sindical de Poços de Caldas, Pérsio Romel Macedo Ferreira, também participou do ato público em Belo Horizonte, representando as delegacias sindicais do interior do Estado.
Assessoria de Comunicação DS BH Sindifisco Nacional
