A Frente Parlamentar Mista do Serviço Público promoveu na última quarta-feira, 12 de fevereiro, um ato pela valorização dos servidores públicos, no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, em Brasília. O ato contou com a participação de centenas de integrantes de diversas categorias, dentre eles os Auditores-Fiscais da Receita Federal.
O senador Fabiano Contarato (Rede/ES) fez críticas às medidas ditas “moralizadoras” adotadas pelo governo. “Anunciaram que servidor do Executivo não poderá ser punido com aposentadoria compulsória. Desde quando servidor tem isso? Quem tem essa prerrogativa é o Judiciário e o Ministério Público”, destacou.
A deputada Maria do Rosário (PT/RS) também fez inúmeras críticas. Classificou como mentirosa a informação divulgada pelo governo de que o país tem muitos servidores públicos e saiu em defesa da classe. “Estamos aqui para assumir um compromisso com o Brasil e com os direitos do povo. Os trabalhadores do setor público já são aqueles sobre quem a Reforma da Previdência pesou enormemente. Os parlamentares que fazem parte dessa frente não podem votar a favor de medidas como a redução de 25% da jornada e dos vencimentos”, afirmou.
O discurso da deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ) foi cheio de críticas às medidas prejudiciais aos servidores contidas nas PEC 186 e 187, que estão em debate no Congresso Nacional. “Não queremos menos servidores. Queremos mais Estado para universalizar os serviços públicos. Queremos mais enfermeiros nos postos de saúde e professores nas escolas”, defendeu.
A deputada Alice Portugal (PCdoB/BA), vice-presidente da Frente Parlamentar, solicitou a formação de uma comissão para buscar uma interlocução dos servidores com as lideranças da Câmara e do Senado.
“Este ato público foi um importante termômetro da mobilização dos servidores públicos. Não podemos ser tratados como vilões. Somos os responsáveis pela arrecadação, pela saúde, pela educação e por tantos outros serviços públicos. Não vamos aceitar que PEC como a 186, a 187 e a 188 venham tirar nossos direitos e precarizar nossas condições de trabalho”, avaliou Kleber Cabral.
Representaram a DS BH no ato, as Auditoras-Fiscais Maria Áurea do Nascimento, Ilva Franca, Maria José Comanduci e Ivana Mayer.